Porque a maioria da imprensa está contra a greve dos caminhoneiros

marcos holanda casagrande 27/05/2018 18:10:25 Artigos
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A impressa está sendo comprada


São poucos os órgãos da imprensa nacional que estão se colocando a favor da greve dos caminhoneiros que completa uma semana hoje. A maior empresa jornalística, a Rede Globo, está cobrindo o movimento de maneira parcial no sentido de dizer que a greve representa um prejuízo à nação e os caminhoneiros conquistaram várias reivindicações de um acordo com a cúpula do governo federal, porém sem a concordância com a base do movimento paredista, que está sendo um ato verdadeiro democrático, com apoio irrestrito da população, inclusive de setores dos militares das Três Forças Armadas, além, é claro, das Polícias Estaduais e Federais. Ou seja, a greve é pelo Brasil, não só contra o aumento dos preços dos combustíveis, principalmente do óleo diesel. Algumas emissoras de TV mais alternativa, como a Band, Record, estão pautando o movimento de maneira mais imparcial, informando com precisão, exatidão e seriedade a paralisação nacional dos caminhoneiros. Os principais jornais impresso estão contra o movimento. Leiam: Folha de São Paulo, Jornal do Brasil, Jornal O Estadão, etc. A revista Veja é totalmente contrária à greve, com articulista chamando os líderes natos e representativos da greve de “oportunistas”. Esta revista é reacionária. Seus principais jornalistas são da extrema direita, não conhecem a realidade social brasileira e ficam bajulando o presidente da República para ganhar verba publicitária, algo que não obtiveram quando Dilma era chefe da nação. 


APLICATIVO ZAP: O MOTOR DA GREVE 


O deputado federal e ministro de Estado, Marun, o maior puxa-saco do governo golpista de Michel Temer, disse que “essa greve é feita por pessoas que usam o aplicativo zap dentro de uma sala refrigerada”. Pelo contrário: hoje as redes sociais têm sido um instrumento importantíssimo para mostrar à nação brasileira a realidade sofrida que vive a maioria dos cidadãos desta terra governada com pessoas com vício permanente de dilapidar o patrimônio público. É cediço que muitas informações pelo zap sobre o movimento grevista dos caminhoneiros não são verdadeiras. Porém, a maioria é noticiada de forma série, que mostra um lado da vida dos caminhoneiros que eu desconhecia: estratégia de luta diferente, ou seja, sem confronto com as Forças Armadas, desbloqueando as principais rodovias federais, para facilitar o trânsito de carros pequenos, ônibus escolares, ônibus particulares, ambulâncias, impedindo, apenas os caminhões que estão sendo usados para paralisar o Brasil com a falta de combustível e deixando o comércio sem abastecimento de alimentos que a população utiliza diariamente para a própria sustentação alimentar. 


APOIO DA POPULAÇÃO 


 Nem os próprios líderes do movimento paredista não acreditam tamanho apoio popular à greve justa dos caminhoneiros. Essa paralisação foi tomando proporção gigantesca que pegou o governo federal de surpresa, pois não acreditava que o alto nível de envolvimento dos caminhões envolvidos nesse protesto chegasse a causar uma “espécie de início de revolução no país”, ato semelhante que ocorrera no Chile, em anos passados, quando por 27 dias, os caminhoneiros conseguiram derrubar o presidente e conquistar suas principais reivindicações. O profissional chileno é altamente politizado e esse foi o motivo para sustentar uma paralisação de quase um mês. No Brasil, hoje faz sete (07) dias de greve. O país está praticamente parado. Mas mesmo diante de alguns desconfortos provocados pela greve, como a falta de combustível, a quase totalidade do povo brasileiro está solidário à greve dos caminhoneiros. Colado na bandeira de luta do movimento, outros setores da sociedade prometem para amanha iniciar paralisações em nível nacional, como os petroleiros que já anunciaram que vão fechar as refinarias para impedir a produção de combustível, aumento assim a pressão contra o governo federal, que nem os próprios deputados federais, senadores e governadores estão se colocando ao lado do presidente nessa luta justa promovida pelo caminhoneiros. Ontem, pela primeira vez, um governador se colocou à disposição do movimento: trata-se do atual governador do Estado de São Paulo, que está tentando um acordo paralelo com os grevistas isentando de tributos provenientes de arrecadação da venda dos combustíveis e também liberando pedágio para diminuir os custos de um transporte e consequentemente aumentando a renda do motorista de caminhão. Os demais governadores se manifestaram no sentido contrário. Já era de se esperar porque acham que vão perder impostos, criando uma crise sem precedentes nos cofres vazios de quase todos os Estados da Federação. 


FUTURO DA GREVE 


O sucesso dessa greve só depende dos caminhoneiros. A imprensa, de modo geral, está tentando colocar o povo contra a greve deles, porém hoje a sociedade está mais consciente da realidade nacional porque as redes sociais se transformaram uma ferramenta importante para se inteirar da conjunta política nacional, de um governo antipopular, golpista e sem uma pauta realista que envolva à busca das principais conquistas que precisamos para mudar o quadro atual adverso que aos poucos está transformando para pior a realidade em todas as áreas do Brasil: aumento do desemprego, violência banalizada, corrupção endêmica, aumento de preços desenfreado, falta de moradia às famílias sem renda, falta de incentivo ao homem do campo, descrença aos governantes, educação alienante e descompromissada com a melhoria da qualidade pedagógica, levando os jovens a optar, em sua grande maioria, a viver à margem da lei, se envolvendo com a criminalidade, achando que com isso possuem mais condições de “crescer financeira e intelectualmente” do que enfrentar o banco dos escolas, que não lhes proporcionarão um futuro promissor na vida profissional oriunda da academia da cognição e do conhecimento. 


CONCLUSÃO                                       


Ao assistir uma reportagem sobre o movimento paredista dos caminhoneiros, seja crítico e observe com detalhe como as matérias jornalísticas são pautadas para levar informações distorcidas à sociedade, tipo: as polícias já desbloquearam quase todos os pontos principais das rodovias brasileiras, que já há combustível em quase todos os povos de gasolina, que muitos caminhoneiros começam a abandonar o movimento, que a população já não os apóia, que com falta de combustível, a sociedade está sendo prejudica, que o povo precisa trabalhar para conseguir dinheiro no sentido de pagar as contas, etc. Se os caminhoneiros cederam, será um duro golpe à ; população que tem dado todo tipo de apoio à greve desses profissionais que aos poucos estão mostrando à nação que são muito importantes da movimentar a economia brasileira. A greve é justa, pacífica, com poucos incidentes, bem organizada, com liderança que não aceita o envolvimento de partidos políticos, os oportunistas de sempre, e o governo percebeu que agiu tarde demais para reconhecer a gravidade da situação, empurrando a decidir a ceder em vários pontos que jamais antes era impossível de atender à reivindicação da categoria. Aceitar diminuir somente o preço do óleo diesel é um absurdo, porque a luta é para reduzir os preços da gasolina, do gás, do álcool, de todos os derivados oriundos da cadeia produtiva do petróleo, para que a política posto em prática pela crápula da Petrobrás não se repita: a liberdade de mercado, uma decisão do atual presidente da companhia Pedro Parente, ingresso do PSDB, que está prestas a pedir exoneração do cargo devido à pressão dos caminhoneiros que não concordam da maneira impositiva dos dirigentes desta que é a maior estatal brasileira, instrumentalizada politicamente, arruinada por desvio de dinheiro por políticos que usaram recursos da empresa para se eleger e hoje ficaram milionários graça à ratazana que diz “representante do povo” no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto. Essa greve precisa ser encarada como “ou vai ou racha”. É apenas o começo de uma série de lutas que a partir de amanhã outros movimentos vão se aliar à greve dos caminhoneiros para mudar a cara desse país, no sentido de tirar a corpo preto do rosto para verde e amarelo, tornando o cidadão brasileiro orgulhoso de morar neste país que jamais deveremos desistir de sonhar por uma nação igual a todos, onde não haja rico e nem pobre, que os direitos são postos a serviço de todos e iniciemos uma dura luta para eliminar a desigualdade vergonhosa existente: 5% detém a riqueza de 95% do povo brasileiro. Basta de exploração. Agora é preciso mudar para conquistar um país que seja nosso verdadeiramente

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Dr. Ronan Almeida de Araújo é advogado e jornalista.

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