Greve e união dos caminhoneiros desmoralizam a Rede Globo

marcos holanda casagrande 28/05/2018 09:55:18 Brasil
brasil
Greve e união dos caminhoneiros desmoralizam a Rede Globo


Ontem o presidente Michel Temer anunciou mais outra proposta aos caminhoneiros em greve há oito (08) dias. Após a fala do golpista, a Rede Globo anunciou “o fim da greve” e que nesta segunda-feira, o movimento acabou e o Brasil vai voltar à normalidade em poucos dias. Na verdade, a base de sustentação ao movimento paredista não concorda com essa segunda proposta que é reduzir em R$ 0,46 (quarenta e seis centavos) no preço do óleo diesel porque a diminuição dos combustíveis precisa ser geral, ou seja, na gasolina, no gás, no álcool, em todos os derivados do petróleo, pois o movimento grevista já não é mais apenas dos caminhoneiros, mas de toda a sociedade brasileira que não suporta mais aumenta diário nos preços dos combustíveis. É vergonho sa a coberta que a Rede Globo está fazendo sobre o movimento que tomou conta do país. Os repórteres da emissora são obrigados a informar que a greve está perdendo força, que as rodovias estão desbloqueadas, que a população está contra a paralisação, entre outras notícias mentirosas, porém o povo não é bobo, “fora a Rede Globo”. O jornalista mais puxa-saco da emissora da família Roberto Marinha, Camarote, comentarista da Globo News passou a ser porta-voz da presidência da República. A emissora está passando enorme constrangimento porque a greve não parou e vai continuar enquanto o governo não resolver diminuir o preço, principalmente, da gasolina, porque é em razão dessa reivindicação que mantém o apoio incondicional do povo brasileiro em favor dos caminhoneiros.

 


Faturamento da Rede Globo junto à União


De acordo com o portal da transparência da Controladoria Geral da União, o governo federal pagou à Rede Globo em 2018 dos valores: um de R$ 463.772.474.690,91 e R$ 11.914.508,06, conforme pode ser visto pelo espelho que acompanha esta matéria. O valor pago à emissora representa quase meio bilhão de reais. Esse dinheiro representa apenas 0,2% do que a União vai gastar com essa medida de reduzir o preço do óleo diesel, razão pela qual o movimento não concorda com o fim da greve. O governo investe muito dinheiro em propaganda institucional para manter o bolo alienado da real situação das políticas públicas postas em posta pelo presidente Michel Temer. Ocorre que a sociedade não se convence das notícias “maravilhosas” vindas do Palácio do Planalto porque apenas 7% do povo acredi ta no presidente Michel Temer, o chefe da nação mais impopular até hoje registrado nos livros de história. Nenhum outro presidente foi tão impopular quanto o atual. O presidente está gastando muito dinheiro na Rede Globo porque acredita que a candidatura de Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda, vai decolar, pois o nome do goiano, da cidade de Anápolis, ex-economista da JBS, vai ter o apoio dos eleitores e prosperar na próxima eleição presidencial que começa em 15 de agosto deste ano. O nome de Meirelhes tem o apoio do mercado financeiro nacional e internacional, o que a Rede Globo pode ser um ótimo nome para substituir o atual presidente. Meirelhes hoje tem apenas 1% do eleitor, de acordo com a última pesquisa feita pelo instituto de pesquisa Datafolha. O governo federal não consegue nem um nome que irá prosperar nas próximas eleições diante do desgaste que sofre com tantas medidas impopulares levadas à cabo após dar o golpe na Dilma com apoio de muitos partidos políticos, sendo os principais o MDB e o PSDB. Fernando Henrique Cardoso disse na semana passada que irá conversar com o ex-governador Geraldo Alckmin, alegando que o tucano paulista não tem nenhuma chance no cenário atual. Precisará deixar a campanha para ser vice de outro candidato para ver se consegue manter os políticos deste partido no topo do poder no Palácio Nacional por mais quatro anos. O estrago causado nos linhos tucanos com os escândalos de Aécio Neves estragaram a gula do PSDB na eleição presidencial deste ano.

 


Rede Globo fatura R$ 5 bilhões por ano

 

O conglomerado da família Marinho fatura anualmente em torno de R$ 5 bilhões por ano. É a terceira empresa de comunicação do mundo, perdendo para uma americana e outra inglesa. A emissora tem repórter espalhado pelo mundo inteiro, uma estrutura jornalística impressionante, onde a qualquer momento, em algum lugar do mundo, é possível colocar no ar uma reportagem ou uma entrevista de político, de jogador, de um economista, que está a milhares de kilômetros do Rio de Janeiro. Quem mantém essa estrutura da emissora é povo brasileiro, através de pagamento de imposto, razão pela qual a Rede Globo está contra a greve. Como o movimento não vai parar tão cedo, a cúpula da emissora já não sabe mais o que fazer para convencer o povo que a greve é prejudicial à sociedade. Pura desmoralização da emissora. Por onde vai um repórter da emissora, o mesmo é quase linchado porque os caminhoneiros não querem saber da presença de jornalista cobrindo o movimento próximo onde estão parados os caminhões ao longo de várias rodovias espalhadas por esse país. Os argumentos utilizados pelo jornalismo da emissora para colocar o povo contra a greve não têm surtido efeito e muitos jornalistas que não concordam com a linha editorial da emissora estão constrangidos de levar informação inverídica à população sobre a continuidade da greve dos caminhoneiros. O apresentador mais imparcial da emissora, Chico Pinheiro, hoje pela manhã não apresentou o Bom Dia Brasil, em companhia da sua colega de bancada Ana Paula, uma fervorosa defensora da emissora e contrária à greve dos caminhoneiros.

 


A greve vai se estender por muito tempo


O governo federal se sente acuado. Apenas Marun que fala em nome do presidente. Não outro parlamentar da base de sustentação do presidente que aparece falando mal dos caminhoneiros. Pelo contrário: fala bem e com razão. Quase todos eles são candidatos à reeleição e não são loucos de dizer que são contra o movimento porque suas chances de vitória nas próximas eleições são zero. Marun não se elege a presidente de uma associação de bairro em Campo Grande (MT), seu Estado nata. Eunício Oliveira, presidente do Senado Federal, disse que a greve é um problema do presidente Michel Temer e não dos senadores. Rodrigo Maia (DEM), no início deu entrevista em apoio ao presidente da República e contra a greve, porém como o movimento foi crescen do, ele deixou de dar palpite sobre a paralisação que mobilizou todo o povo nacionalmente. Rodrigo Maia achava que com o apoio do presidente tinha chance a sucedê-lo. Viu que não decola e resolveu candidatar-se à reeleição a deputado federal pelo Estado do Rio de Janeiro, pelo mesmo partido. Metade do comando das Forças Armadas é favor da greve e muitos militares manifestaram irrestrito apoio à greve dos caminhoneiros, caso raro porque os militares são proibidos constitucionalmente de pronunciar de assuntos políticos, sob pena de expulsão da corporação. Apoiar o governo federal contra a greve é ser contra a pátria e a paralisação é por um país melhor, sem corrupção, sem desigualdade social e por melhores condições de vida a todos. Os líderes verdadeiros do movimento estão conduzindo muito b em o movimento, não permitindo a infiltração de políticos no meio da greve. No passado, 80% deles foram a favor da derrubada da Dilma da presidência da República. Agora se arrependeram porque o atual presidente é mil vezes pior do que a ex-presidenta. Mas a greve não é contra Michel Temer. É contra a política implementada pelo presidente da Petrobrás, Pedro Parente (PSDB) de liberar os preços dos combustíveis. O resultado é esse: quase todos os dias o governo anuncia aumento no preço dos combustíveis e aí explodiu o odeio e a revolta do povão contra essa disparada no aumento da gasolina, do óleo diesel e, principalmente, do gás, o que leva o povo a ser parceiro dos caminhoneiros nessa greve que ficará registrada na história brasileira como uma das mais bens sucedidas já realizadas, talvez  semelhante a que fizeram seus companheiros de profissão na França e no Chile, que forçaram os governos destes países a negociar e aceitar suas propostas de melhores condições de trabalho e contra o aumento de preço dos combustíveis.

 


O apoio do povo precisa continuar


Para o sucesso do movimento, o povo precisa continuar a dar total e irrestrito apoio à paralisação. Não vamos abastecer e nem reclamar a falta desse produto nas bombas. Não precisamos sair de casa e o fizer, que o faça de bicicleta, de a pé, para forçar o governo a reduzir o preço do gás e da gasolina. Não dê atenção ao que a Rede Globo sobre a greve. Somente com pressão nacional será possível conquistar outras reivindicações. A união do povo é fundamental para que o povo mostre que seja capaz de ser maior do que a tirania desse governo sem apoio da população, elitista e governa apenas para uma pequena parcela da sociedade, sempre aquela que mais se bene ficia com benesses concedidas, como isenção de imposto, parcelamento de dívidas, medidas provisórias sempre a favor dos poderosos e desvio de dinheiro para comprar deputado federal e senador para se sustentar no poder. Não vamos protestar contra a queda do presidente Michel Temer. Quanto maior o seu desgaste, menos chances ele terá de eleger o seu sucessor. A greve é contra a sua política em todas as áreas sociais, pois o povo perdeu totalmente seus direitos após Michel Temer tomar posse como presidente do Brasil. A batata dele vai assar até 31 de dezembro de 2018.

Curta a nossa pagina no facebook

Dr. Ronan Almeida de Araújo é advogado e jornalista

Postagens Semelhantes


Warning: Use of undefined constant ph - assumed 'ph' (this will throw an Error in a future version of PHP) in /home/cliquebrasil/public_html/index.php on line 282