Moreira Franco diz que política de preços da Petrobras não será alterada

Na sexta-feira (1) Pedro Parente pediu demissão do cargo de presidente da estatal após dois anos no posto

marcos holanda casagrande 02/06/2018 16:57:24 Economia
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Foto: Valter Campanato/Agência Brasil


O ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, disse neste sábado (2) que a troca de comando na presidência da Petrobras não influenciará uma alteração na política de preços que vinha sendo exercida. O político comentou o caso em sua conta pessoal do Twitter. 



Pedro Parente anunciou a saída da Petrobras poucos dias após o governo anunciar um desconto de R$0,46 no preço do óleo diesel nas refinarias e na bomba em acordo para o fim da greve dos caminhoneiros. A gestão foi marcada pelos reajustes diários e a alta nos preços do combustível, também influenciada pela variação do dólar.


Uma possível mudança na política de preços da estatal também foi comentada pelo secretário executivo do Ministério de Minas Energia, Márcio Félix, em entrevista a jornalistas nesta sexta-feira (1). Na ocasião, ele não descartou formas diferentes de lidar com o preço ao consumidor.  


"A política de preços da Petrobras não mudou em nenhum momento. O que mudou foi a forma como o governo trabalhou para manter uma estabilidade com medidas emergenciais que vão até o final do ano. Mas a gente espera, antes, bem antes do final do ano, já apresentar uma nova política para o consumidor. Não para a Petrobras ou qualquer fornecedor", afirmou. 


Novo presidente

O Conselho de Administração da Petrobras escolheu Ivan de Souza Monteiro para ocupar o cargo de presidente da Petrobras. Ele acumulará o cargo na diretoria executiva da área Financeira e de Relacionamento com Investidores. Ele chegou à estatal durante o governo de Dilma Rousseff (PT). Anteriormente, ele já trabalhou como gerente executivo da Diretoria Internacional do Banco do Brasil.


Em pronunciamento na noite de sexta-feira (1) o presidente Michel Temer defendeu que a Petrobras não tenha interferências do governo. "Reafirmo que meu governo mantém o compromisso com a recuperação e a saúde financeira da companhia. Continuaremos com a política econômica que nesses dois anos tirou a empresa do prejuízo e a trouxe para o rol das mais respeitadas do Brasil e do exterior. Declaro também que não haverá qualquer interferência na política de preços na companhia".


Carta de demissão

Em carta de demissão, Parente afirmaou que cumpriu o que prometeu. "Faço um julgamento sereno de meu desempenho, e me sinto autorizado a dizer que o que prometi, foi entregue, graças ao trabalho abnegado de um time de executivos, gerentes e o apoio de uma grande parte da força de trabalho da empresa, sempre, repito, com o decidido apoio de seu Conselho", escreveu.


Ele finalizou a carta defendendo que o governo siga com a mesma política. "Permita-me, Sr. Presidente, registrar a minha sugestão de que, para continuar com essa histórica contribuição para a empresa — que foi nesse período gerida sem qualquer interferência política — Vossa Excelência se apoie nas regras corporativas, que tanto foram aperfeiçoadas nesses dois anos, e na contribuição do Conselho de Administração para a escolha do novo presidente da Petrobras", afirmou.

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