“Precisamos abrir essa caixa preta!”. A frase do senador
Eduardo Braga, do Amazonas, presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado
(Acir Gurgacz e a Vanessa Graziotin fazem parte da mesma Comissão), sintetiza
muito bem algo muito podre pode estar sendo engendrado contra nossa região. Há
forte suspeita de que forças ocultas, como diria o ex Presidente Jânio Quadros,
estão mobilizadas dentro do Ministério do Transportes e do Ministério do Meio
Ambiente, para impedir que as obras da BR 319 e também da BR 230 (a
Transamazônica), se tornem realidade. Mentiras, omissões, lava mãos, sabotagem?
Para Eduardo Braga, não há explicação para o que está sendo feito, em termos de
prejuízos em relação a essas obras, vitais para Rondônia e Amazonas. No caso da
BR 319, é inacreditável que os representantes da região – tanto senadores
quanto deputados federais – estejam recebendo informações oficiais falsas, há longo
tempo. Duas delas são assustadoras: mesmo informando há anos que está faltando
apenas a autorização ambiental para que as obras da 319 sejam realizadas, a
verdade é que desde 2008, quando foi autorizado tal estudo, jamais foi feito
absolutamente nada. Zero! Ou seja, o tal estudo, nesse período, foi um fake. Só
há dois anos começou a existir o processo, mas ele só ficará pronto, segundo o
Ibama, em meados de 2019. Ou seja, durante mais de uma década os amazonenses e
os rondonienses foram enganados de que estavam sendo feitos estudos sérios e
profundos, em termos ambientais, para que a rodovia pudesse ser recuperada.
Mentira! Outra vergonha: também informações vindas do governo federal,
imputavam à falta de detalhes sobre a existência de tribos indígenas, que
poderiam ser afetadas pelas obras, o aval ao prosseguimento delas. Onde está
mais essa mentira que Eduardo Braga e seus companheiros de Comissão
descobriram? Simples: não existe e nunca existiu qualquer estudo oficial sobre
esse assunto.
Quer mais? Braga também classificou como “gravíssima” a
revelação feita por uma diretora do Ibama de que a BR-230, a nossa Transamazônica, conta com licença de
instalação para obras desde 2011. “Há uma emenda aprovada por esta comissão no
Orçamento de 2018 para obra no trecho Lábrea-Humaitá, no Amazonas, da BR-230.
Até agora, a informação oficial do Ministério dos Transportes era de que não poderia fazer licitação desse
trecho, porque não tinha licenciamento ambiental e projeto. Tem ambos e tem
dinheiro”, denunciou o senador. Uma
vergonha. Mentiras e mais mentiras, de anos e anos, vindas de dentro do próprio
Governo federal. No caso da Transamazônica, pior ainda, porque há autorização
ambiental desde 2011 para a obra, o
projeto existe há anos e o dinheiro
também.
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