O casal já havia tentado empreender antes, ao abrir um brechó, que não deu certo e acabou fechando as portas. Quando Bruna ficou grávida, eles sentiram a necessidade de tentar algo novo para aumentar a renda.
Foi então que Fabrício teve a ideia de produzir suco natural e vender em restaurantes. A partir de economias que juntou durante algum tempo, o casal começou a usar um espremedor caseiro para tirar fazer o suco. A iniciativa deu tão certo que eles passaram de funcionários a empregadores.
"Pegamos o pouco de dinheiro que tínhamos para investir e funcionou", comemora Bruna.
A empresa possui, atualmente, cerca de 60 clientes fixos, que compram milhares de litros de suco por mês. A bebida é natural, não tem conservantes e dura até três dias na geladeira.
Bruna diz que a praticidade para donos de restaurante é grande, já que eles não precisam parar a produção dos alimentos, maior gerador de renda, para preparar os sucos, geralmente o acompanhamento.
"Muita gente recusava a ideia, dizia que isso não existia, porque falávamos que o suco durava até três dias, mas não acreditavam", afirma a empresária.
Com a cartela de clientes fixos e a produção de aproximadamente sete mil litros de suco de laranja por mês, Bruna e Fabrício decidiram investir mais R$ 30 mil no negócio neste ano. O dinheiro foi usado para compra de maquinário industrial, freezer e também na reforma do imóvel onde é feito o suco.
O casal afirma que a renda quadruplicou, mas ainda não cobriu todo o investimento feito na sucaria. Eles também resolveram apostar no suco de maracujá como opção segunda opção para os clientes.
As frutas são compradas diretamente do produtor e todo o bagaço é doado para uma fazenda que usa para alimentar animais, como bovinos e suínos.
Para auxiliar na produção, o casal tem como funcionária a mãe de Bruna e um vendedor responsável pelo contato direto com os clientes. Fabrício, além de auxiliar no preparo, entrega a mercadoria nos restaurantes.
"Ninguém acreditou que chegaríamos aqui. Às vezes ainda parece um sonho", diz Bruna.